10 de outubro de 2006

SOBRE O TEMPO

Ultimamente tenho vivido um período de loucura com meu tempo e meus afazeres.
Quem fica em casa muitas vezes trabalha mais do que quem trabalha fora e sempre tem alguma coisa esperando para ser limpa ou arrumada.
Até aí, normal.

Mas fora o tempo que preciso gastar só por ter uma casa grande, somado a três filhos e mais um marido, tem o tempo que eu quero fazer algo por mim, como ler, ver TV, tomar um banho demorado, me encher de cremes, bordar, pensar muito na vida, escrever, etc.
Aí começa a loucura que falei no início: na televisão, nada que compense o fato de você deixar tudo de lado para acompanhar um programa. Principalmente durante a tarde, que é quando fico mais tranqüila. Mas mesmo assim, fico assistindo. Louca é pouco!
Quando me canso de saber das celebridades, das receitas, das novelas, enfim, resolvo entrar na internet. Tempo muito do mal gasto, pois só fico orkutando e batendo papo no msn (essa parte é legal, pois minha família toda mora longe, então é um jeito de matar as saudades).

Nada de pesquisas, nada de visitas a sites interessantes, nada!
Quando vejo se passaram 3, 4 ,5 horas e eu em frente ao micro, com as costas e a bunda doendo, isso sem falar na consciência, me acusando de ter deixado de fazer algo realmente interessante...
Tem ainda as revistas que chegam aqui: de decoração, de fofoca, de notícias, e mais o jornal, e mais a coleção de livros do Paulo Coelho que vem junto com o jornal, e mais a Bíblia me chamando da mesinha de cabeceira...Ufa! Muita informação e pouco tempo
dedicado a tudo isso.

Então acontece muito de, durante a madrugada, eu ficar acordada fazendo coisas que não fiz durante o dia, por falta de tempo...de madrugada eu leio, eu escrevo, eu faço mil coisas...

Isso me fez lembrar de uma música do Pato Fu, que aliás tem o mesmo nome desse post:
“Tempo amigo seja legal

Conto contigo pela madrugada
Só me derrube no final”

Bem isso mesmo.
Quero melhorar, organizar minha rotina, ler, ler, ler.
Mas isso é que nem regime: só começa na segunda-feira!

Até lá, continuo na mesma.
Agora estou aqui: doida para acabar de digitar esse texto e poder conectar, publicá-lo e ficar sossegada, batendo papo com alguém, quem sabe com você...

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