27 de julho de 2009

Mais leve agora...





“Eu to voltando prá casa...”

De volta ao lar depois de exatos dez meses de confinamento...sim...é o que era aquele meu trabalho. Situava-se na zona rural, há 30 km de distância da cidade. Tinha uma poeira infernal que fazia todo mundo ficar adoentado, e a doença era quase que incurável. Era um Big Brother, com certeza. Ficávamos todos lá, durante 12h por dia, trabalhando junto, comendo junto, brigando, brincando (porque ninguém é de ferro), enfim, a convivência era intensa. O estresse era geral, ninguém imagina. Gritos por todos os lados, cobrança, pressão. Eu não agüentava mais, realmente. Foi bom demais enquanto durou, porque eu aprendi muita coisa sobre o mundo corporativo (um querendo comer o outro quase que o tempo todo), sobre a vida, sobre as pessoas, e até sobre mim mesma.
Valeu demais!

Mas agora, a página foi virada.
Minhas metas atuais são:

1. Emagrecer: tenho uma barriguinha inchada agora. Comi mal demais por 10 meses. Para compensar esse sacrifício, ando me dando ao direito de comer chocolate, bolo, enfim, qualquer coisa que me ajude a adoçar a boca. Agora vou ter que suar a camisa para voltar ao que era antes. O “Projeto Verão 2010” começa agora. Quero exibir um corpinho agradável, nem que seja só para meu espelho, mas quero muito!

2. Fazer exercício físico: fiquei esse tempo todo parada. Umas voltas de bicicleta muito raramente não ajudam nada quando se quer ficar sarada. Preciso pegar firme. Amanhã começo a procurar academia, e mudar de vida. De novo...

3. Estudar: estava pensando...tem tantas coisas que ainda quero fazer, tantas coisas que preciso aprender...aperfeiçoar o que já sei também é meu desejo. Uma língua, uma profissão, um diploma. Tudo isso faz muita diferença e eu quero ter um diferencial. Logo!

4. Viajar: eu preciso disso para ser feliz. É incrível, quase inacreditável, mas é sério! Preciso olhar a estrada, preciso enxergar meu destino, preciso querer chegar...e também preciso querer voltar. Isso faz parte de mim, assim como minha tatoo, como meus filhos, como o amor.

5.Trabalhar: tenho que fazer minha parte na minha casa e na minha empresa. Tudo isso esteve bem prejudicado com minha ausência, e com minha inércia quando estava apenas fisicamente aqui. Preciso organizar, preciso cuidar de tudo o que é meu da maneira mais intensa que seja possível. Vou ajudar meu marido (e sócio) a ser e a ter mais. Ele merece. Nós merecemos. Agora, mais do que nunca! Mais (+), eu quero sempre mais! Como diz aquela música, “não quero luxo, nem lixo”. É exatamente assim comigo. Nunca almejei uma mansão, um carrão...o que quero é ter conforto e satisfação. Estou em busca dessas coisas, por mim e por nós. Sei que vamos conseguir!

6. Fotografar mais: doida? Pode ser. Apaixonada por fotos desde sempre, apaixonada por gente, por ações, por paixões. Sonhei que viajava por todos os lugares onde tinha gente minha e eu fotografava-os em frente às suas casas. Demorei mais de 24 horas para me dar conta que tinha sido um sonho, e então isso parecia fazer parte (já) da minha vida. Agora passou a ser. Vou fazer isso sempre que for possível, e depois montar um lindo álbum de todo aquele que for sangue do meu sangue. É isso. Tá dito.

Acho que por ora é só. Mas sei que foi só o que me lembrei agora. A minha cabeça vive cheia de idéias, e posso acrescentar mais 1000 metas a essas em bem pouco tempo. Tomara! Adoro correr atrás e depois poder me orgulhar de dizer: CONSEGUI!

Beijos. Tenho muito a fazer.

8 de julho de 2009

Parabéns prá você!


Quase Sem Querer (Renato Russo)

Tenho andado distraído,
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso
Só que agora é diferente:
Estou tão tranqüilo
E tão contente.

Quantas chances desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém.

Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia.
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira.

Mas não sou mais
Tão criança a ponto de saber
Tudo.

Já não me preocupo
Se eu não sei porquê
As vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê

E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você.

Tão correto e tão bonito:
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos.
Sei que às vezes uso
Palavras repetidas
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?

Me disseram que você estava chorando
E foi então que percebi
Como lhe quero tanto.

Já não me preocupo
Se eu não sei porquê
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê

E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu quero o mesmo que você.



Eu estava pensando em como começar o post e me veio à cabeça as palavras “tenho andado”...então lembrei dessa música do Legião Urbana. Amo muito tudo isso!!! Tem tudo a ver.

Hoje é dia de meu anivesário de casamento. Hoje fazemos bodas de marfim. Pois é, de marfim. Toda idade de casamento tem um nome determinado não sei por quem. o que eu sei é que 14 anos são bodas de marfim.
Fiquei pensando em alguma analogia que pudesse fazer entre o casamento e o marfim, que vem dos elefantes, e não achei nada de interessante prá escrever. Então vou mesmo escrever as coisas desinteressantes e idiotas que pensei.

- 1ª hipótese: deve ser porque aos 14 anos de casamento, os cônjuges mais parecem dois elefantes, ambos com aquela boa e velha protuberância abdominal ( e nadegal, e peital, e bundal...)

- 2ª hipótese: será que é porque, aos 14 anos de casados, ambos têm chifres de responsa?...rs...

Eu, como uma otimista de carteirinha, prefiro pensar numa terceira hipótese: que os chifres de marfim servem como arma de defesa contra as investidas de outros animais (...)

Francamente! Foi uma explicação mais besta do que a outra...

Mas o que importa mesmo é esta data. Tudo bem que, exatamente hoje, não estamos geograficamente juntos, mas o compromisso está aí. O laço é forte demais, muitas vezes maior do que pensamos ser. Estamos na luta por melhores condições, por melhores dias...tenho a plena certeza de que estamos caminhando no rumo certo.


Todas as coisas têm seu preço. Estamos “juntando” condições para poder comprar algo que custa caro. Sendo assim, aceitamos algumas situações olhando para o futuro. Não sei se estamos certos ou errados. Independentemente disso, é o que julgamos ser melhor nesse momento. E apesar da distância e das dificuldades que encontramos vez ou outra, somos felizes um com o outro. O tempo juntos têm sido de qualidade e isso é bom demais.

As outras coisas também estão andando. O trabalho absorve metade das 24 horas do meu dia. Na outra metade, só faço dormir. Mas agora a obra está no fim, e logo estarei de volta ao lar. Preciso pegar firme com minhas crianças, cuidar da minha casa do meu jeito, dormir no sofá depois do almoço...saudades demais!
Amo muito tudo isso, parte II, a missão!

Tenho vivido dias importantes...tenho estado bem, em paz, e isso é tudo!

PS: a foto foi tirada no dia 08 de julho de 1995. Há exatos 14 anos, direto do túnel do tempo. Ah...coincidência ou não, o vestido da foto era de cor marfim...