6 de julho de 2011

Música de hoje: Abrigo de Areia



Faz muito tempo que não posto música aqui no blog...fazia tempo que não parava para ouvir...mas essa aí compensa: linda, calminha...

Abrigo de Areia
Trevisan

Pra isolar meu corpo de qualquer mal
Pra me imunizar da febre do seu temporal
Não quero nem estar do seu lado pra me acostumar
A te ter sempre
E não poder largar

Como um vício
Tomando conta até dominar
Por dentro da alma
Se trancar pra não se soltar mais

Se pra longe eu fui
Foi por seu amor
Pois se eu ficar
Minha vida pode parar
Um paraíso paira
Sob o seu olhar
Que me olha calmo
Só pra me abençoar

Com um olhar de ouro
Que brilha até me ofuscar
Na areia que me abriga um sonho
Pertinho do mar


Sobre a foto: olhando para o mar, em Floripa, só para variar.

5 de julho de 2011

Diário Quase Diário: Até com calo no cérebro

Diário Quase Diário: Até com calo no cérebro: "Estou sempre pensando, pensando, pensando...assim mesmo, sem parar. Estou sempre querendo fazer algo, querendo achar respostas, querendo p..."

Até com calo no cérebro


Estou sempre pensando, pensando, pensando...assim mesmo, sem parar.
Estou sempre querendo fazer algo, querendo achar respostas, querendo perguntar, querendo mudar, querendo realizar. Perco o sono durante a noite pensando. De dia, sou capaz de ficar sem fazer nada aparentemente visível, só pensando. Ou também realizando várias atividades e, mesmo assim, pensando sem parar.

Depois dos últimos acontecimentos, como minha demissão, comecei a querer empreender. Preciso fazer algo que me complete e que eu tenha a certeza que posso dedicar meu tempo, meu amor e meu esforço sem que, de uma hora para outra, alguém me mande ir embora.

Depois de 7 dias respirando outros ares, vendo outra gente, ouvindo outro sotaque, cheguei à conclusão que quero/preciso me mudar de novo. Louco, improvável. Quando vim para cá (Curitiba, cidade linda e friiiia) prometi para mim mesma e também para todos que me cercam que seria a última vez. Nada! A geminiana aqui até demorou para mudar de idéia, mas já que mudar (tudo) faz mesmo parte de mim, "bora" outra vez. E louca, já contando os dias, os meses, já vendo os imóveis pela internet e já fazendo planos para cada um deles, já querendo fazer o tradicional bazar (venda de móveis e afins, para poder comprar tudo novo na casa nova). Ansiosa, cheia de idéias...
Nesse quesito, pesaram muitas coisas para eu mudar de idéia:
- sete dias convivendo com o marido trouxeram vantagens inúmeras, óbvias (não preciso nem comentar, né?) e outras mais subjetivas, mais internas e sentimentais. Passei a enxergar coisas que nunca tinha imaginado, lembrei de tempos passados e felizes, lembrei dos tempos do sul. Voltarei para lá o quanto antes, apostando na melhoria da nossa qualidade de vida, em todos os sentidos. Contando os dias, mesmo, muito, incansavelmente!
- as crianças, principalmente a caçula, nem sabia mais como era conviver com o pai no dia-a-dia, que o pai vai trabalhar e volta na hora do almoço, que vai trabalhar de novo e de noite está em casa. Parece óbvio isso, mas não é. Foi o que percebi. E na realidade, parando bem para pensar, faz realmente muito tempo que não convivemos dessa maneira. Me pergunto agora: que vida é essa?
- grana. É, já que estamos pagando dois aluguéis, dois condomínios, sustentando duas casas e viagens a cada 15 dias, então a coisa pesa um pouco. Mais que isso: não estamos tendo vantagem nenhuma nisso, bem pelo contrário. Então temos que mudar a situação. Chega logo, fim do ano!
- fiquei sentindo-me vazia e solitária agora, mais que sempre. Não posso mais viver assim, de jeito nenhum! Preciso muito viver o que ainda não pude, de uma maneira que ainda não pude. Agora posso e estou aqui sozinha. Ninguém merece!

Outro acontecimento também tem me feito pensar e contar os dias: depois de 19 anos de espera vou realizar o meu maior sonho, que é a minha cirurgia plástica. Lembro-me que aos 15 anos, consultei com um cirurgião e estava começando a realizar os exames pré-operatórios e o médico fugiu da cidade pequena que eu morava, devido a um erro médico que ele cometeu. Tenso! E ele era o único na cidade. Então tive de adiar. E foi bom, pois nesse tempo todo tive as crianças e agora o momento é perfeito prá isso. Estou contando os dias também, mas nesse caso está bem mais perto. Será nesse mês. Feliz, feliz, feliz! Vou ficar ainda mais quando puder tirar o sutiã do pós-operatório e ver meus menininhos lindos como nunca. Louca para que o tempo passe logo e eu possa comprar roupinhas legais, vestidos lindos e biquínis que fiquem perfeitos no meu corpo...não vou mais sair chorando das lojas...ebaaaa!

Já que pensar tem sido meu esporte favorito, tenho analisado as amizades que fiz aqui, trabalhando por mais de um ano no mesmo lugar. “Amizades que fiz”? Achei que tivesse feito amizades, mas as pessoas que trabalharam comigo simplesmente passaram pela minha vida, apenas convivemos durante esse ano. Percebo sempre, em todo o lugar por onde passo, que me apego demais às pessoas, mas as pessoas não se apegam tanto quanto eu. Sou sincera e realista, principalmente em relação à mim mesma. Não preciso fazer média com ninguém, não preciso ter vergonha dos meus sentimentos. Toda vez é a mesma coisa: se eu não ligo, não procuro, ninguém me liga também...estou aprendendo com a vida. Nunca fiz força para agradar ninguém, e continuo desse jeito. Quem gosta, gosta pelo que realmente sou, e quem não gosta, não gosta e ponto. Sempre acredito na manutenção das coisas, do amor, da família, das amizades. Sempre rego minhas plantinhas, mas também jogo fora sem pestanejar quando vejo que não estão desenvolvendo, que não está havendo troca. Está dito.

Pessoas, estou feliz, muito! Estou ansiosa esperando pelo que é meu.
Beijos!