23 de outubro de 2010

Papo-calcinha


Recebi, por e-mail, da minha amiga querida e saudosa Cecília, de São José dos Campos. Diz que o texto é de Luís Fernando Veríssimo. Na dúvida, citei-o.


"Certo dia parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa: elas não são humanas. São espiãs. Espiãs de Deus, disfarçadas entre nós.

Pare para refletir sobre o sexto-sentido. Alguém duvida de que ele exista? E como explicar que ela saiba exatamente qual mulher, entre as presentes, em uma reunião, seja aquela que dá em cima de você? E quando ela antecipa que alguém tem algo contra você, que alguém está ficando doente ou que você quer terminar o relacionamento? E quando ela diz que vai fazer frio e manda você levar um casaco? Rio de Janeiro, 40 graus, você vai pegar um avião pra São Paulo. Só meia-hora de vôo. Ela fala pra você levar um casaco, porque "vai fazer frio". Você não leva. O que acontece? O avião fica preso no tráfego, em terra, por quase duas horas, depois que você já entrou, antes de decolar. O ar-condicionado chega a pingar gelo de tanto frio que faz lá dentro!

Leve um sapato extra na mala, querido. Vai que você pisa numa poça... Se você não levar o "sapato extra", meu amigo, leve dinheiro extra para comprar outro. Pois o seu estará, sem dúvida, molhado... O sexto-sentido não faz sentido! É a comunicação direta com Deus! Assim é muito fácil... As mulheres são mães! E preparam, literalmente, gente dentro de si. Será que Deus confiaria tamanha responsabilidade a um reles mortal? E não satisfeitas em gerar a vida, elas insistem em ensinar a vivê-la, de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral.

Fala-se em "praga de mãe", "amor de mãe", "coração de mãe"... Tudo isso é meio mágico... Talvez Ele (Deus) tenha instalado o dispositivo "coração de mãe" nos "anjos da guarda" de Seus filhos (que, aliás, foram criados à Sua imagem e semelhança).

As mulheres choram. Ou vazam? Ou extravasam? Homens também choram, mas é um choro diferente. As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar, um não sei quê de fragilidade, um não sei quê de amor, um não sei quê de tempero divino, que tem um efeito devastador sobre os homens... É choro feminino. É choro de mulher...

Já viram como as mulheres conversam com os olhos? Elas conseguem pedir uma à outra para mudar de assunto com apenas um olhar. Elas fazem um comentário sarcástico com outro olhar. E apontam uma terceira pessoa com outro olhar. Quantos tipos de olhar existem? Elas conhecem todos...Parece que freqüentam escolas diferentes das que freqüentam os homens! E é com um desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens. En-fei-ti-çam!

E tem mais! No tocante às profissões, por que se concentram nas áreas de Humanas? Para estudar os homens, é claro! Embora algumas disfarcem e estudem Exatas... Nem mesmo Freud se arriscou a adentrar nessa seara. Ele, que estudou, como poucos, o comportamento humano, disse que a mulher era " um continente obscuro". Quer evidência maior do que essa?

Qualquer um que ama se aproxima de Deus. E com as mulheres também é assim. O amor as leva para perto dele, já que Ele é o próprio amor. Por isso dizem "estar nas nuvens", quando apaixonadas. É sabido que as mulheres confundem sexo e amor. E isso seria uma falha, se não obrigasse os homens a uma atitude mais sensível e respeitosa com a própria vida. Pena que eles nunca verão as mulheres - anjos que têm ao lado.

Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são mulheres a maior parte do tempo. Mas elas são anjos depois do sexo-amor. É nessa hora que elas se sentem o próprio amor encarnado e voltam a ser anjos. E levitam. Algumas até voam. Mas os homens não sabem disso. E nem poderiam. Porque são tomados por um encantamento que os faz dormir nessa hora."

News: Ex-Amélia encontra a felicidade completa!


Dia desses estava dando uma lida nesse blog e percebi que há algum tempo, meu assunto preferido tem sido o trabalho. Lembrei-me de quando eu era dona-de-casa total e mãe em tempo integral. Era bem bom, eu me sentia feliz cuidando da casa e da família que construí, me sentia uma completa "Amélia" e tinha o maior orgulho disso.
Até que um dia que a ficha caiu: meu marido era um profissional respeitado e querido, meus filhos estavam crescendo, estudando, e o meu tempo estava passando. Me dei conta que eu ficava abrindo e fechando a porta de casa para eles irem e virem de seus compromissos (trabalho, escola, faculdade), que eu cuidava de tudo, e a minha vida estava estagnada. Valorizo muito o fato de estar em casa, cuidando de tudo...mas só quem faz esse trabalho é que valoriza. Lembro exatamente do dia em que resolvi mudar.
Eu queria ter meu dinheiro, meus colegas de trabalho, meus churrascos de fim de ano, meu crachá, meus assuntos, queria pôr minha capacidade à prova, queria usar meus pontos fortes (pelo menos os que acho que tenho) para me realizar profissionalmente.
Hoje, trabalhando, me sinto tão bem quanto quando ficava em casa, mas com uma vantagem: tenho um salário para chamar de meu! Apesar da correria toda, do trânsito, da canseira, do estresse, AMO MUITO a vida que estou levando.

Morar em Curitiba me veio como um bálsamo: acho que agora me sinto mesmo paranaense, tenho orgulho da capital do meu Estado, me sinto bem demais aqui!

Segunda-feira começou o horário de verão e eu já fico, automaticamente, mais animada esta época do ano. Apesar do frio deste dia (8 graus), cheguei do trabalho e fui caminhar. Comecei com a minha filha, mas assim que demos 2 passos, ela colocou o fone de ouvido e passou a me ignorar. E estava eu ali, praticamente sozinha. Saí correndo e deixei-a para trás, sem dar maiores explicações. Sua atitude me magoou! Filhos, filhos...
Fora isso, o tempo de exercício ao ar livre foi ótimo: corri, caminhei, fiz aparelhos, suei, me senti livre, feliz, plena, feliz de novo.

Tem coisas que escrevo que acho difícil de explicar. São os meus sentimentos, as minhas sensações. Para quem lê, pode parecer simples poesia. Não é. Ou é? É minha vida de verdade, eu de verdade, com minha sensibilidade exagerada...

Vou indo...curtir o resto desse meu dia, em paz!

19 de outubro de 2010

Trabalho, love, filhos, SWU e outras coisinhas...

Nossa, faz (realmente) muito tempo que não escrevo!
E tenho tido tanto assunto, tanta coisa...acho que é isso: muita coisa para dizer e eu não digo nada. Aff, acho que escrevi isso no post anterior...

Depois que entrei nesse trabalho atual, são 8 horas diárias a fio sentada em frente ao computador, aí chego em casa e nem cogito ligar o note...só quero tomar banho e deitar, e dormir, e descansar bem, e esquecer que existe mais vida além do trabalho...só quero apagar e acordar animada na manhã seguinte para começar a correria toda de novo. Vale lembrar que meu marido aparece vez ou outra em casa: se ele vivesse aqui comigo, é claro que minhas prioridades seriam outras...se é que você me entende!

Falando em trabalho: no início a dificuldade foi grande. Tive que aprender tanta coisa, mas tanta mesmo, que eu não fazia idéia. Batia a cabeça aqui, tomava bomba ali, recebia e-mails furiosos acolá...e lá estava eu, mais perdida que cego em tiroteio, tentando assimilar aquilo tudo. Foi bem difícil! Esse trabalho, apesar de também ser em obra, é totalmente diferente do anterior, de muita responsabilidade, requer várias habilidades, jogo de cintura, destreza, muita atenção, etc, etc. Nos momentos dramáticos, fui muito ajudada por pessoas que viam meu nervosismo, minha necessidade de aprender e entender essa avalanche de informações, e algumas dessas pessoas se tornaram bem especiais prá mim, pela disponibilidade, pela consideração, por apenas uma palavrinha: “calma”. No auge do desespero que algumas situações me trouxeram, me bastava apenas chorar muito...e correr contra o tempo...essa sou eu!
Seis meses já se passaram, e há apenas três deles comecei a me sentir confortável na função: aprendi o que falar (ainda não sei o que não falar...rs), para quem falar, o que fazer, como resolver, o porque disto ou daquilo, enfim, agora domino o trabalho. E isso é ótimo! Olho para trás e vejo que todas as dúvidas me foram úteis, que todas as falhas me ensinaram, que todos os tombos me foram necessários. Adoro meu trabalho, adoro a função que exerço, adoro o nome da minha função (administrativo de obras, para quem não sabe), adoro e defendo a minha obra (num ranking interno da empresa, é a que tem a nota mais baixa da Regional Curitiba...não me orgulho disso, que fique bem claro! Mas é para isso que estou lá: ajudar a mudar essa situação, desafio, solução!), adoro a empresa, adoro as pessoas...resumindo: estou bem demais no quesito Vida Profissional!


Só para ilustrar: mensalmente, temos reunião de administrativos de obras da Regional. Somos em 13 ou 14 atualmente. Nessas reuniões falamos uns com os outros sobre nossas dificuldades, nossos problemas, nossas batalhas diárias. Falamos mal (rs) de outros departamentos, damos altas risadas, tiramos fotos legais, comemos coisas gostosas, queremos poder ficar o dia todo naquele bate-papo, pois temos assunto para isso. O clima entre nós está cada vez melhor. A foto aí em cima mostra uma destas reuniões. Administrativos unidos jamais serão vencidos!


A vida pessoal (isso está parecendo revista feminina, com as previsões para cada signo... “E para você geminiana...” rsrsrs) vai também bem demais. Quem disse que não se pode ter tudo? Eu posso, nem tô!
Marido acabou a obra em Goiás e está uns 600km mais perto. Isso ainda não significa que esteja perto, mas já é uma grande coisa. Sempre que podemos estar juntos é só alegria!


Viajamos ao festival de música SWU no feriadão passado. Só nós dois de novo, pela terceira vez este ano. Amo muito tudo isso!


Momentos SWU: nunca tínhamos ido a um festival assim. Dessa vez, investimos um pouco de grana e bastante energia nisso e valeu muitíssimo, foi ótimo investimento! Muita gente jovem reunida (isso é legal), fumando maconha (isso me irrita profundamente!) e discutindo a relação (me irrita parte II). Tinha gente chorando (que devia ter ficado em casa cortando os pulsos) e tinha gente feliz ao extremo, cantando todas, curtindo ao máximo. É claro que nos encaixamos nesse grupo! Foi lindo, P-E-R-F-E-I-T-O! Vi show do Jota Quest, que era sonho antigo (realizado) e vi shows que nunca imaginei ver (alguns muuuiiito bons, outros muuuuiiito ruins...). Joss Stone e Dave Mathews Band mataram a pau e fizeram valer os 300 contos de cada ingresso. O frio de 8 graus atrapalhou um pouquinho, mas teve a missão de me fazer enxergar que não é só em Curitiba que está frio ainda essa época do ano. Na real: tudo tem um lado bom!


O SWU foi um evento todo voltado para a sustentabilidade, com fóruns, palestras e ações sobre esse contexto. Esse assunto muito me interessa. Sou uma menina sustentável, não só porque meu marido me sustenta: separo o lixo, economizo energia elétrica, evito sacolas plásticas (uso ecobags), ando de bicicleta (não tanto como deveria, mas já é alguma coisa), não jogo óleo pelo ralo da pia, faço xixi no banho, e tomo banho acompanhada sempre que possível (para economizar água e não para fazer o que você está pensando!). Pequenas atitudes podem nos ajudar a viver num mundo melhor!

Momentos “Love is in the air”: ficar a sós com meu amor é algo raro desde que, há quase 15 anos, nasceu minha primeira filhinha, que já não é mais tão “inha” assim. Depois dela, mais dois bebês (um menino e uma menina) e tempo para amar se tornou artigo de luxo. Esse ano passamos, só nós dois, o reveilón em Floripa (outro sonho realizado) e três meses depois demos um jeito de nos encontrarmos novamente na Ilha da Magia, novamente só nós dois. Agora em Itu, no festival, ficamos abraçadinhos o tempo todo, demos risada, curtimos todos os momentos, tiramos fotos, comemos cachorro-quente, passamos a noite no carro (dramático...rs), fomos um pouquinho mais jovens do que realmente somos (não, não fumamos maconha!), festejamos a liberdade, a falta de preocupação: estávamos lá, só nós dois, como se não houvesse mais ninguém! Foi lindo!

Meus filhotes estão bem, crescendo (isso é bom) e me dando um pouco mais de trabalho. A mais velha só pensa em ir para a balada, mas isso continua sendo apenas pensamento, desejo dela, que acho que vai demorar a realizar. O meu machinho briga na escola dia sim, outro também. Vive estressadinho, quer por força que eu dê um irmão para ele (impossível!), e se sente muito bem na casa de um amiguinho aqui do condomínio, que segundo ele, a mãe do dito cujo é bem calma, nunca grita (!?!). Eu mereço, fala sério! E a pequena, no auge dos seus 6 anos de idade, vive às voltas com seus dilemas existenciais, do tipo: “Por que eu fui a última dos três a nascer? Queria ser a mais velha!”...e choooora...Dizem que ela é dramática igual a mim...rs

Gente, é isso...minha vida tem sido assim, da cama para o trabalho, do trabalho para a cama, com paradas nas escolas dos filhotes na hora do almoço, pausa para o pão-de-queijo quando não dá tempo de comer comida, muitas idas e vindas nas curvas da rua Eduardo Sprada, muita sertaneja no som, muitos km’s rodados nessa doideira toda...sei que tudo vale à pena, pois minha alma não é pequena...

Até mais!