23 de outubro de 2006

Onze Minutos Editado

Outro dia escrevi aqui que na segunda-feira eu ia começar um regime. Não de emagrecimento e sim de organização de tempo, de leitura, etc. E como sou muito obediente a mim, foi o que fiz.
Na segunda (passada) á noite comecei a ler um livro do Paulo Coelho. Li pouco, pois já era tarde da noite e o sono veio logo. Na manhã seguinte, curiosa, devorei bem mais da metade do livro. E deixei um pedaço pro dia seguinte.
Não sou daquelas pessoas que lêem um pouco toda noite antes de dormir, não agüento: tenho que começar e não parar mais, pois senão perco o interesse, o pique, o rumo da história, esqueço tudo, enfim, não dá. Concentração completamente limitada!
Na verdade não sou muito fã de literatura, e me acho péssima por causa disso, então vamos trabalhar para mudar o que não está legal.
Li Onze Minutos, do Paulo Coelho. Adorei porque é romântico, uma linda história de amor. Ah, por conta desse livro, viajei no tempo, me apaixonei ainda mais, me enchi de esperança.
Estava louca para acabar de ler, e ao mesmo tempo não querendo nunca acabar, porque era tão lindo e eu queria continuar curiosa e aflita. Realmente muito doida!

H Mudança (de novo):

Quem lê meu blog (se é que alguém lê) percebe que eu vivo de mudança. Mudo de casa, de cidade, mudo meu jeito, mudo um monte de coisas. Sou metamorfose total, adoro mudar!
E hoje descobri que estou me transformando em uma mulher diferente, diferente do que fui até agora e também diferente do que imaginei ser daqui há algum tempo.
Estou descobrindo com pesar que a vida não é do jeito que eu gostaria que fosse e que ela seria se tudo só dependesse de mim. Sou muito romântica e sempre acreditei que quando encontramos a pessoa certa, tudo é felicidade pura. Aí descubro (muitíssimo tarde) que o mundo não é só love, que as diferenças vem antes do amor propriamente dito, que quando um não quer, dois não brigam (e também não fazem mais nada), enfim, descubro que nada é como eu pensava que fosse.
Calma, meu casamento está normal, nenhum mal aconteceu.
Só estou me sentindo como uma criança que descobre que não existe Papai Noel, Coelho da Páscoa, essas coisas.
O quê eu posso fazer? Não sei agora, mas vou procurar saber com certeza.
Ontem, domingão, caí na real. Chorei um pouquinho, escondida de todos e de mim mesma, envergonhada da minha decepção.
Tudo está normal, minha vida segue adiante, e cheguei á conclusão que o melhor que faço é ler. Lá posso viajar, posso imaginar, posso sentir o coração disparar, posso ser quem eu quiser, posso ter o quê eu quiser, posso tudo. Os livros e os filmes nos permitem essas coisas e eu que era avessa a tudo isso, virei fã de carteirinha.
Bom, sempre o ruim traz algo de bom. Pelo menos isso...
Ouvi outro dia:
-Como uma pessoa que gosta de escrever não gosta de ler?
Não soube responder naquele dia e continuo sem saber. Mas posso garantir que essa última experiência de leitura me deixou cheia de inspiração, não só prá escrever.

Para quem leu o post Onze Minutos da semana passada: esquece!
Esse de hoje é outra coisa, outra Samantha, outra vida.
Fui!

Um comentário:

Anônimo disse...

Acho impressionante a capacidade de sentir algo e conseguir verbalizar esse sentimento.Eu geralmente nao paro pra pensar no que anda acontecendo, vou vivendo sem planejar e acho que essa tem que ser a minha mudança.Preciso ter uma meta, um horizonte e correr atras.Mas como correr atras se nem sei o que quero?Acho que o medo de me frustar me fez assim. Vivo cada dia como ele se apresenta.Alias planejei que levaria os meninos pra escola e voltaria pra continuar o serviço da casa, de repente se apresentou no quarto q eu ia limpar um computador e a vontade de falar contigo e aki estou eu vivendo o momento.Beijos e continue escrevendo que isso esta fazendo parte da minha literatura.