14 de setembro de 2006

“Depois de tanto tempo, tudo em paz...”

Depois de alguns dias sem poder atualizar meu blog, voltei.
Problemas com a linha telefônica (falta de pagamento...háháhá) me afastaram de meus leitores.
Espero que alguém tenha sentido minha falta...
Ou pelo menos notado minha ausência.

Por um triz

Não vou entrar em detalhes aqui, pois esse é um espaço reservado pra felicidade, mas...
...tive um dia muito difícil há uma semana, que quero esquecer, mas lembro mesmo sem querer. Violência urbana, essas coisas. O trauma ainda permanece. Talvez dure ainda um bom tempo, mas o importante é que estou bem. Viva, principalmente.
Sempre me achei uma gata, mas não sabia que eu tinha sete vidas.
Agradeço á Deus todos os dias por isso.

Últimas notícias:

Podem se espantar, tudo bem. Admito que ainda é cedo, mas...
Já quero ir embora de novo.
Calma! Respira fundo antes de me chamar de louca ou qualquer coisa assim.
Ainda estou sob o impacto do acontecido, mas não é só isso...

Comecei a pensar que eu, meus irmãos e meus pais vivemos sempre longe dos nossos parentes. Foi bom por um lado, pois há quem diga que parente é bom quando está longe. Mas por outro lado, ficamos meio sem referência, meio sozinhos, meio auto-suficientes demais.
Era muito legal quando toda a parentada se juntava no Natal ou no Ano Novo, e podíamos matar as saudades dos primos, tios, avós.
Aprontávamos poucas e boas, conversávamos, descobríamos que éramos parecidos, mesmo sem ter nenhum contato durante o ano inteiro.

Agora comecei a analisar que até bem pouco tempo atrás, estávamos todos juntos em Itacity. Meus pais e meus irmãos. Cada qual com sua própria família, cada qual com seu problema, muitas vezes longe do marido, mas entre mortos e feridos, salvaram-se todos.
Hoje, estamos completamente separados. E o que era um alívio por alguns motivos, passou a ser dúvida, saudade, necessidade de conversar, etc.
Não quero que meus filhos percam a referência importante que são os avós, os tios, primos, os dindos.
Por enquanto todas essas pessoas estão frescas na memória das crianças, mas á medida que o tempo vai passando, essa necessidade também passa, e aí tanto faz.
Meu sonho sempre foi morar numa cidade maior, com todos na mesma cidade. Pois assim não poderíamos nos ver todos os dias e teríamos uma saudade gostosa, aquela vontade de se ver no almoço de domingo, de contar como foi a semana, etc.
Quando morávamos juntos naquela cidadezinha, ficávamos juntos o tempo todo e o que poderia ser bom, passou a ser um estresse, pois as crianças se davam pau a cada meio minuto, nós tomávamos partido e acabávamos nos estranhando por causa das crianças, e coisas assim. Não havia tempo prá ter saudade, nem prá novidade.
Estamos numa situação estranha: cada um numa cidade, longe, sem condições de fazer visitas, por falta de tempo, por falta de grana, etc. E sem condições até de telefonar, pois está cada vez mais caro falar ao telefone. O que nos salva é o msn, o orkut, essas coisas. Mas estamos sempre pensando uns nos outros, preocupados, com saudades, vislumbrando alguma possibilidade de resolver esses problemas.
Eu acho que achei a solução e começo a trabalhar nesse sentido, mesmo que ainda de forma utópica.
Algo me diz que estou no caminho certo. Só o tempo dirá...

Um comentário:

Anônimo disse...

Sei exatamente o que voce sente... Nós aqui tbém estamos longe de tudo e de todos ( primos, tios, avós ... ), mas por outro lado, nossa família daqui está reunida ( pai, mãe, irmã/cunhado, marido e filhos ) praticamente 24 hrs por dia rsrsrs. Lógico, nem tudo são flores, mas não consigo me imaginar longe deles !!!
E quando penso em família longe, logo penso em voces, que tbém são minha família. Parece que a cada dia que passa fica mais difícil reunir todo mundo, né ? Mas eu sei que por mais que a distância nos separe, estaremos sempre juntos e desejando sempre o melhor em nossas vidas.
Saudades,
Érika