22 de agosto de 2006

"Que seja eterno enquanto dure!"

Quando criei esse blog, minha intenção era falar de amor.
Mas naquele momento pensei unicamente no amor entre homem e mulher, o amor que vivo há mais ou menos 13 anos, 7 meses e 8 dias.
Maravilhoso, amo muito tudo isso, mas...
...vou começar a falar sobre o amor que sinto por outras pessoas, ou outras coisas.
Escolhido de hoje: voleibol.

Historinha triste:


Comecei a jogar vôlei com uns 12 anos, na Educação Física da escola. O amor se instalou em mim rapidamente e o êxito também (nem tanto, mestre!).
Muitos campeonatos se seguiram e nosso time sempre na ponta. Viajamos algumas vezes para representar nossa escola em âmbito estadual.
Lá não foi fácil e perdemos todos os jogos, mas sempre com a cabeça erguida, com muita técnica (amplamente elogiada pelos técnicos adversários) e consciência.
Experiências como estas ficam para sempre na memória: impossível esquecer as lições aprendidas com as derrotas.
Dez dias longe de casa em pleno início da adolescência também são inesquecíveis!
Laços de amizade reforçados com a convivência diária, passeios, lanches com a turma toda, paquera rolando solta nos ginásios, por todo lugar.
Até que chegou um dia que, de tanto amor que eu sentia por esse homem que hoje é meu marido, surtei e abandonei o esporte. Não tinha cabeça para treinar, só pensava no cara e tal. Larguei o vôlei, fiquei de ano, enfim, o amor era tão grande que não deixava espaço pra mais nada.

Anos e anos se passaram e eu me arrepiava toda vez que via um jogo pela televisão. Mas era só. Longe de ser frustrada por isso, não sentia falta.

Historinha feliz:


Dia desses se esboçou uma possibilidade de voltar a jogar. Quase enlouqueci! Nem eu sabia que isso era tão importante pra mim.
Perdi o sono, morri de inveja da mulherada que estava jogando, chorei de raiva, pois quanto mais eu tinha vontade de voltar, mais longe ia ficando o sonho. Tava quase virando pesadelo!
Há alguns dias deu certo.
Felicidade total!
Voltei a treinar, fiquei com os dois braços roxos, o corpo completamente dolorido, totalmente cansada, mas FELIZ, MUITO FELIZ!!!
Fico contando os dias para que chegue o próximo treino, esperando que as duas horas que passo junto da bola fossem eternas. Muito bom!
Até agora não sei como pude ficar tanto tempo longe das quadras...
Até agora não acredito que voltei...
Sem falar em voltar a fazer amizades, conhecer mulheres bacanas, daquelas que não tem vergonha de elogiar outra mulher (raríssimo!), fazer algo por mim, pelo meu corpo, ter apoio do marido, dos filhos, de todo mundo.
Está sendo maravilhoso e não quero parar nunca mais!

Certeza de que é amor de verdade: pode até ficar anestesiado. Morto jamais!

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