20 de maio de 2011

Do luto à luta!


Roubei esse título de um documentário sobre síndrome de down (muito legal, por sinal!) para descrever minha situação atual: fora do trabalho que eu tanto gostava.
Tanta coisa aconteceu até chegar no ponto que chegou.
Dizer que fiquei surpresa com minha demissão pode parecer pretensioso. Porém fiquei. Mesmo com tantas evidências de que isso poderia acontecer, sempre fui me baseando no fato de que trabalho muito bem e que meu trabalho seguraria meu emprego.
Hoje sei que meu trabalho não foi suficiente.
Fiquei triste, claro. É como um casamento: você se sente usada quando deixada por uma outra pessoa qualquer. Você pensa: se soubesse que isso iria acontecer, não teria me dedicado tanto. Você demora a desacostumar da presença da pessoa. Você quase enlouquece!
Até o dia que você acorda e pensa: o problema não sou eu. É isso!
E continua vivendo sua vida da melhor maneira possível, de cabeça erguida e ciente que deu seu melhor, que foi bom enquanto durou, que agora, bola prá frente.
Ana Maria Braga fez uma ótima reportagem sobre esse assunto essa semana, e de certa maneira, me encorajou.
Estava há dias querendo escrever sobre isso, mas ainda me faltavam palavras, ainda não estava pronta. Não queria vir aqui e fazer o papel da vítima, da injustiçada. Queria vir aqui e falar normalmente sobre algo que faz parte da vida. Todo mundo já passou ou vai passar por essa situação algum dia.
Quero deixar claro que só agora entendo várias de suas palavras, Amor. Só agora. Mesmo assim, não me arrependo de nada. Fiz tudo conforme julguei certo em dado momento e faria da mesma maneira.
Vejo que talvez me falte uma mentirinha na ponta da língua, uma certa maldadezinha no coração. A sinceridade total nem sempre é a melhor saída, infelizmente.
Mas eu aprendo, sou novinha. Tenho apenas dois anos de experiência profissional, estou engatinhando ainda...
O importante é dizer que estou bem agora, refeita.
O meu caderninho de lições aprendidas tá cheio de coisas novas e isso é importante.
Continuo valorizando muito o aprendizado e as experiências que tenho vivenciado.
Continuo linda e loira, e infinitamente mais em paz. Quer coisa melhor?

Beijos, queridos leitores. Estou em paz!

Sobre a foto: Fonte de Jerusalém, na esquina aqui de casa, em Curitiba. Tirei a foto numa noite, ao voltar do (ex-querido) trabalho. Agora posso comtemplá-la de dia também, e ler os salmos escritos nela...

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