Dia desses estava dando uma lida nesse blog e percebi que há algum tempo, meu assunto preferido tem sido o trabalho. Lembrei-me de quando eu era dona-de-casa total e mãe em tempo integral. Era bem bom, eu me sentia feliz cuidando da casa e da família que construí, me sentia uma completa "Amélia" e tinha o maior orgulho disso.
Até que um dia que a ficha caiu: meu marido era um profissional respeitado e querido, meus filhos estavam crescendo, estudando, e o meu tempo estava passando. Me dei conta que eu ficava abrindo e fechando a porta de casa para eles irem e virem de seus compromissos (trabalho, escola, faculdade), que eu cuidava de tudo, e a minha vida estava estagnada. Valorizo muito o fato de estar em casa, cuidando de tudo...mas só quem faz esse trabalho é que valoriza. Lembro exatamente do dia em que resolvi mudar.
Eu queria ter meu dinheiro, meus colegas de trabalho, meus churrascos de fim de ano, meu crachá, meus assuntos, queria pôr minha capacidade à prova, queria usar meus pontos fortes (pelo menos os que acho que tenho) para me realizar profissionalmente.
Hoje, trabalhando, me sinto tão bem quanto quando ficava em casa, mas com uma vantagem: tenho um salário para chamar de meu! Apesar da correria toda, do trânsito, da canseira, do estresse, AMO MUITO a vida que estou levando.
Morar em Curitiba me veio como um bálsamo: acho que agora me sinto mesmo paranaense, tenho orgulho da capital do meu Estado, me sinto bem demais aqui!
Segunda-feira começou o horário de verão e eu já fico, automaticamente, mais animada esta época do ano. Apesar do frio deste dia (8 graus), cheguei do trabalho e fui caminhar. Comecei com a minha filha, mas assim que demos 2 passos, ela colocou o fone de ouvido e passou a me ignorar. E estava eu ali, praticamente sozinha. Saí correndo e deixei-a para trás, sem dar maiores explicações. Sua atitude me magoou! Filhos, filhos...
Fora isso, o tempo de exercício ao ar livre foi ótimo: corri, caminhei, fiz aparelhos, suei, me senti livre, feliz, plena, feliz de novo.
Tem coisas que escrevo que acho difícil de explicar. São os meus sentimentos, as minhas sensações. Para quem lê, pode parecer simples poesia. Não é. Ou é? É minha vida de verdade, eu de verdade, com minha sensibilidade exagerada...
Vou indo...curtir o resto desse meu dia, em paz!
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